sábado, 6 de outubro de 2012

DE VOLTA PRA CASA

Bom essa foi minha semana cheia de pequenas grandes felicidades, que quando chega na sexta tento relembrar cada uma na hora de fazer esse post. O bom é que sempre lembro de muito mais, mas para não ficar tão grande o post, coloco aqui os principais. Queria começar falando de minha mãe, seria injusto determinar momentos em que ela me faz falta. Ela me falta o tempo todo, em tudo o que faço.
Ela não era dada a carinhos explícitos, amava mantendo uma distância física. Não era de ficar abraçando, beijando nem dizendo que ama o tempo todo. Mas ela estava lá. Firme, uma rocha. Me apoiava, me amava do jeito dela, fazendo um bolo, uma fôrma de pão de queijo... cuidando de mim quando eu precisava, me ouvindo, me fazendo entender o mundo de uma maneira menos radical, com mais amor. Ela era uma pessoa sem ódio, não tinha inimigos, nem tinha alguém de quem ela não gostasse. Não era egoísta e amava, acreditava no ser humano.
Sinto falta nas festas, nas reuniões familiares, apesar de ficar sempre distante e introspectivo, nos almoços de aniversário, dia das mães, no Natal e Ano Novo.
Natal a gente tem que passar com a família, dizia ela, no Ano Novo você vai pra onde quiser...
Só sei que é uma falta que não está ligada a presença física, sabe? É falta da onipresença dela, aquilo que a gente sente quando é criança, impressão de que a mãe da gente é o centro do universo do meu pelo menos.
Então é isso. Estou em um momento "Velocidade 5 na Dança da Carência Materna".
Estou voltando para o Rio de Janeiro para minha familia, depois desse luto em terra estranha, mas que me ajudou nesta fase da minha vida, onde acabou acontecendo meu encontro comigo mesmo e com a música que adoro, sei que ao chegar lá não vou mais encontar o mundo que eu deixei e nem eu sou mais o mesmo, pessoas novas estão na minha vida, nós escolhemos quem deixamos entrar nas nossas vidas, neste aspecto sei muito do relacionamento a dois, pois tive uma mulher toda vunerável no braços com quem eu me comunicava com os olhos, lutando com o que sobrava de saúde, achando que eu poderia ser o anjo dela, achando que eu poderia estar do lado dela pra sempre suportando tudo até uma doença terminal, vocês não tem ideia do que é ficar sentado em um hospital durante 2 meses segurando a mão dela, o médico podendo ver em seus olhos que horário de visita não fazia sentido pra você, você não sabe o que é a perda porque ela só ocorre quando você ama alguêm, vou ter saudade aqui no Pantanal, nessa terra estranha seca e inóspita, mas que também tem sua beleza, vou sentir falta de pessoas que passaram por mim situações, imagens e seguir em frente e terminar com um clichê, que faça bom tempo...
 
 
 

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