Desde muito tempo tem se observado que, dentre tantos
profissionais existentes, há um que sempre chama a atenção pelo simbolismo
representado e o valor subjetivo que se impõe: O Mestre ou Professor. Nada pode
se igualar a uma missão tão relevante para a sociedade, pois o conhecimento é o
alicerce para se chegar ao desenvolvimento de uma nação. Os professores dizem Educação nunca foi despesa. Sempre foi
investimento com retorno garantido Em épocas passadas, a figura emblemática do
professor traduzia-se em reverência, visto o valor que a sociedade lhe impunha.
O respeito acima de tudo ao mestre que transmitia saberes, conhecimentos e uma
formação de homem na sua melhor acepção. Havia um distanciamento entre o mestre
e o discípulo, dada a deferência especial que era dispensada.
Hoje, o professor não é visto como depositário do saber. E
já não se percebe a grandeza da missão. Nas aulas de filosofia aprendemos: ”A primeira
tarefa da educação é ensinar a ver.” Toda a experiência de aprendizagem
inicia-se a partir da observação do que está ao nosso redor. O que nos causa
espanto, curiosidade e nos provoca a pensar, a ter “fome do saber”. Quem ensina
também aprende e é nessa troca de saberes e competências que se constrói o
edifício educativo.
O professor vive em constante metamorfose, pois os dias
atuais exigem que ele esteja em permanente reciclagem dos conhecimentos. A cada
instante, em algum lugar do planeta, teorias, métodos de ensino, estratégias
são reformuladas ou modificadas levantando-se novas hipóteses para a educação.
Além disso, a internet, os livros, jornais, a mídia eletrônica estão aí a toda
hora transmitindo informações e modificando cenários até então conhecidos. Não
só o professor, mas qualquer profissional que queira assumir suas competências
de forma a não se tornar obsoleto tem que buscar se renovar no campo específico
de sua atividade.
Não se nega a importância que tem o professor na
contemporaneidade. Ele será sempre insubstituível, uma vez que para se ensinar
e aprender há de se estabelecer laços de afeto, no sentido de uma aproximação
segura e de confiança entre o aprendiz e o mestre. Me parece que foi Paulo
Freire quem afirmava que: “Não é no
silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na
ação-reflexão.”
Esta é uma profissão que gratifica qualquer ser humano
vocacionado para desempenhar com afetividade e efetividade o seu trabalho.
Infelizmente, não se tem o retorno desejado em termos salariais e de
valorização que deveria ser contemplado. A missão de fazer o aluno abrir os
olhos para o mundo, enxergar a sua volta, aprender a pensar e ter “fome de
saber” é incomensurável.
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