sábado, 18 de agosto de 2012
SER HOMEM EM 2012
Não está bem claro o significado da instrução “Seja homem!”. Se o papel de provedor já não nos é exclusivo, o que sobra? Provar a masculinidade trepando por 3 horas sem parar, fazendo musculação, luta, esportes mais próximos da morte?
Perde-se a virilidade quando se acostuma como a vida cotidiana que não tem quase nada de heróica ou aventureira? O que demanda mais destemor? Construir um império transnacional ou ter um filho e levá-lo para a escola todos os dias?
Pois é, os existencialistas estão cada vez mais certos. Tudo bem fazer um charme perguntando “O que querem as mulheres?” ou até mesmo “O que é uma mulher, mas jogar a pergunta para si mesmo é demais.
O fato é que esse homem “simprão”, mais tosco, sem refinamento, desses que não sabem nem o significado da palavra “subjetividade” ou “crise”, esse homem, bem, que homem é esse? A identidade masculina foi questionada e a piada é: nós mesmos não soubemos responder direito.
Talvez ser homem e conseguir ser marcante como o MarlboroMan sem fumar, implacável como Clint Estwood sem sua Magnum44, romantico como Frank Sinatra sem saber cantar, conquistador como José Mayer sem ser ator da Globo, inteligente como Einstein sem inventar teoria nenhuma.
Eu definitivamente não sei o que é ser homem. Mas, ao mesmo tempo, eu tento descobrir. Fugindo do clássico "arcar com responsabilidades, controlar emoções e dar conta do recado", convenhamos... Isso é o minimo que um ser humano consciente busca fazer. Acho que a coisa toda reside na autencidade, na verdade. Pouco importa o que você parece, tem ou sei lá o que, sendo autêntico, o mundo sorri para você, seus amigos te respeitam, você se aceita, as coisas acontecem e aquela guria bacana se sente leve ao seu lado. E, pensando bem, a autencidade é uma caracteristica feminina marcante, também. Então, deixando a analise de lado, ser homem é transitar por todos os mundos, sem deixar sua essência de lado. Bem, acho que é isso.
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