Ninguém imagina como é bom poder contar com um pai, como é bom poder contar com alguém que -simbolicamente- segure sua mão para atravessar a rua, como quando era pequena; que segure sua mão para atravessar a vida, que é mais perigosa do que qualquer esquina na hora do rush. alguém que telefone e se preocupe com você.
O máximo de liberdade que podemos almejar é escolher a prisão em que queremos viver. É isso aí. E quais são essas prisões? Pode ser um resíduo de casamento passado, ou, ao contrário, um compromisso com a solidão. Pode ser um emprego ou uma cidade que não conseguimos abandonar.
Você sabe que é amada porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amada é uma coisa, sentir-se amada é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme, há como é bom ter um pai maravilhoso, sentir-se amada é sentir que essa pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho". A você, que me deu a vida e me ensinou a vivê-la com dignidade, não bastaria um obrigado. A você, que iluminou os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que eu os trilhasse sem medo e cheia de esperanças, não bastaria um muito obrigado. Pela longa espera e compreensão durante nossas longas viagens, não bastaria um muitíssimo obrigado. A você, pai por natureza, por opção e amor, não bastaria dizer, que não tenho palavra para agradecer tudo isso. Mas é o que me acontece agora, quando procuro arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar. Uma emoção que jamais seria traduzida por palavras.
Amo você!
CRISTIANE DE OLIVEIRA
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