quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Hannah Arendt



Não faço filosofia mas tenho dois professores filósofos mas acho que eles não sabem disso Esses professores nos estimulam o tempo todo a pensar e acabamos deparando com gente importante para nossa formação como a filosofa  Hannah Arendt
Cinquenta anos atrás, o livro "Eichmann em Jerusalém - Um Relato sobre a Banalidade do Mal", de uma professora de filosofia chamada Hannah Arendt, desencadeou uma tempestade. Entre a intelectualidade  no mundo, o livro provocou, nas palavras do críticos"uma guerra civil", suscitando discussões e azedando amizades de muitos anos.
Além disso, vendeu mais de 100 mil exemplares e transformou o modo como as pessoas enxergam o Holocausto.
Em maio de 1960, Adolf Eichmann --um dos últimos líderes nazistas do alto escalão ainda vivo, que tinha fugido para a Argentina após a guerra-- foi sequestrado e levado de avião a Jerusalém e julgado por crimes contra a humanidade. Hannah Arendt cobriu o julgamento e depois escreveu um livro bombástico
Ela apresentou dois argumentos provocantes. O primeiro foi que Eichmann não teria sido o maligno organizador dos campos de extermínio, mas sim um burocrata medíocre, "não um monstro", mas "um palhaço". Veio disso o subtítulo "a banalidade do mal".
O segundo foi que os chamados "conselhos judaicos" na Alemanha e Polônia foram cúmplices no assassinato em massa. Eles ajudaram os nazistas a arrebanhar as vítimas, confiscar bens e os enviar para os campos onde morreriam.
Já o filme de  Hannah Arendt é sublime. Um relato conciso e fiel da vida da filósofa, centrado no caso no livro Eichmann. A atriz que vive Arendt é ótima. A narrativa é muito boa, não cansa. Mas o espetacular é dizer que Hannah quis fazer a reportagem/livro. A obsessão de Arendt é a minha: explicar o mal. Tenho colocado minhas energias inteiras nisso, tanto ao grande mal quanto àqueles do cotidiano. Não é possível falar do mal sem falar das grandes guerras, do nazismo e do comunismo. Ali forças cósmicas interagiram para maximizar o mal
É especialmente sensível em Hannah Arendt sua visão de que o mal está tanto do lado dos opressores como das vítimas. Sofreu calúnias por isso. Não obstante a genialidade de Hannah Arendt, ela falhou ao explicar a origem do mal. E, pior, perdeu-se na proposição de como preveni-lo. Sua ideia dos direitos humanos como meio de prevenção é romântica e errada. E fraca. Vemos hoje esses direitos serem transformados em opressão como o bolsa familia. Na verdade, a ideia de direitos humanos fundada no jus-naturalismo é parte do problema. Está na gênese do mal político. O mal é o Estado moderno. Não podemos compreender nem o nazismo e nem o comunismo sem que estudemos a verdade histórica.


Nenhum comentário:

Postar um comentário