sexta-feira, 1 de setembro de 2017

TRANSGÊNERO


Você é aquilo que você acredita ser. O problema é que muita gente desocupada levou a sério demais essa frase pronta da autoajuda. E acabamos chegando nessa baboseira de “identidade de gênero”, que diz que ninguém nasce homem ou mulher, que não existe determinismo biológico algum, e que todos somos aquilo que desejamos ou que acreditamos ser. Daí para o “transracialismo” era uma questão de tempo – e lógica. Portanto, ninguém mais é branco ou negro, pois um branco pode “se sentir” negro e vice-versa. Há uma senadora americana de extrema-esquerda que jura ser índio, por exemplo, e Trump a chama de “Pocahontas”, com fortes pitadas de ironia. O único resquício indígena na moça é o branco dos olhos. No restante, ela é exatamente como os demais da “raça” branca. Houve, também, um caso polêmico em que uma ativista americana se dizia negra, e acabaram descobrindo que ela era branquinha da Silva. Foi o caos, ela acabou sendo acusada de fraude, de oportunismo. Mas eis que uma acadêmica surgiu em sua defesa, e defendeu a “tese” de que o transracialismo é a consequência natural da “ideologia de gênero”, ou seja, somos aquilo que acreditamos ser, não importa o que diz a biologia. Não sei a resposta. Há cada vez mais gente desocupada lotando as universidades, precisando justificar verbas milionárias com suas “pesquisas”. E sabemos que uma elite mimada é um prato cheio para ideias bizarras. O socialismo foi parido assim, vamos lembrar, nunca no chão de uma fábrica. Se em 1984 o herói de George Orwell repetia para si mesmo que dois mais dois é igual a quatro, para provar sua sanidade diante de um mundo enlouquecido, hoje em dia precisamos repetir – em voz baixa – que meninos são meninos e meninas são meninas. Ao menos assim preservamos a nossa sanidade mental, mesmo que o vizinho fale em “meninx” com a maior naturalidade enquanto degusta seu vinho…

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