Existem mulheres cujo discurso sustenta a idéia fixa de que
querem encontrar alguém. No fundo, não querem, não estão dispostas. Gostam da
vida independente e livre que levam. Saem aos finais de semana, viajam, curtem
os amigos e... para não dizer que se esqueceram de sua má sorte, voltam para
casa sozinhas e reclamando que não encontraram ninguém.
Bobagem. Estão felizes, mas ainda não se deram conta de que
isso é possível. Estão apegadas à crença de que só é possível estar bem quando
estão com alguém. Por isso, sustentam a sensação de que falta algo.
Eu sei que é mesmo muito difícil lidar com estes
sentimentos. Sei também que todos nós nos sentimos tomados por eles, em algum
momento de nossas vidas (mesmo aqueles que estão casados ou comprometidos) e é
exatamente neste momento que bate aquele medo terrível de que este cenário
nunca mude.
No entanto, penso que está na hora de parar de apostar todas
as fichas no outro; e perceber, finalmente, que se o seu grande amor não vem, é
porque de alguma forma, a sua porta está fechada.
Certamente, muitas mulheres responderiam: De forma alguma.
Estou absolutamente disponível, mas não acontece, não rola, não há homens
interessados em relacionamentos estáveis.
Ok! Talvez esta seja a maneira como você vê, mas não é a
minha. Não acredito nisso. Estou certo de que existem homens interessados,
disponíveis e em busca de relacionamentos estáveis. Se ele não chega até você
ou você não chega até ele é, seguramente, uma outra questão...
Se estas mulheres conseguissem se desapegar desta crença e
simplesmente aproveitassem o que têm de bom, muito provavelmente o amor
chegaria naturalmente, no momento exato em que os desejos interno e externo
estivessem em sintonia. Sem esforço, sem tristeza, sem desespero. É uma simples
questão de viver o que há de bom, agora, sem se tornar refém de uma situação
que não existe, e que nem precisa necessariamente existir para garantir a
alegria!
Um outro tipo de mulher bonita, inteligente, interessante
e... sozinha é aquele em que a ansiedade já se tornou tão desmedida, tão
inconsciente e tão autônoma, que toda beleza se perde no olhar angustiado. Toda
inteligência se cala na postura tensa, descrente, desconfiada, sempre pronta a
atacar o homem que se aproxima, tentando confirmar se ele é apenas mais um que
veio para ir embora logo em seguida... E todas as suas características, que lhe
colocam na posição de interessante, perdem o brilho e a força na certeza de que
não vai rolar. É um ciclo vicioso, uma crença-armadilha, uma autocondenação
pelo pavor de tentar de novo e não dar certo.
De novo, o amor não encontra espaço, porque a atuação não é
solta, não é natural, não é conseqüência... E não poderá ser enquanto não
houver disponibilidade interna, sem couraças e condutas que mais afastam do que
atraem, que mais assustam do que conquistam.
Portanto, antes de acusar o masculino, o mundo, a sociedade
ou a quem quer que seja, olhe para você. Acredite na sua beleza e
inteligência... e se for para ficar sozinha, que esta seja a sua grande chance
de ser feliz... até que o amor chegue, para se transformar numa outra forma de
felicidade!
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