quarta-feira, 3 de setembro de 2014

REFLEXÃO



Ao começar a cursar direito percebi que teria que fazer muita leitura e ter uma grande capacidade de concentração. Como o curso é generalista, ele possui matérias de diversas áreas do ensino. agora nos periódos iniciais do curso de Direito são ministradas matérias com conteúdo essencialmente teórico, como sociologia, economia e teoria do estado ... assitindo filmes como {OAdvogado do Diabo}percebemos a complexidade da carreira da vida humana e do assunto que mais gosto de escrever a alma feminina.

Na Idade Media, Satã e seus demônios constituem ameaça cotidiana tramando para a perdição dos homens, sobre os quais paira a terrível angústia dos tormentos da perdição eterna. E sua vítima, por excelência é a mulher, cujo pendor para o Mal possuía uma longa tradição. No Antigo Testamento, encontramos no Eclesiástico: Toda a malícia é leve comparada com a malícia de uma mulher (25-26). E para a Antiguidade Clássica, a cultura grega nos fornece o mito de Pandora, um presente dado aos homens por Zeus: Um mal em que todos se deleitarão em rodear de amor para a sua própria desgraça. E Estourou de rir.

Deste modo, o Cristianismo constitui-se em herdeiro de uma confluência de tradições misóginas, em particular as fornecidas pelo mundo greco-romano, que relegavam a mulher à condição de um ser frágil e tutelado, indigno de exercitar a sua cidadania e privada da companhia dos homens, restando-lhe apenas a sublime tarefa de trazer ao mundo os varões de que necessitava a polis para garantir a sua continuidade.

A mulher era a introdutora do pecado, o portão por onde entra o demônio; pelo menos como era vista pelos primeiros padres da Igreja, responsável direta pela condenação dos homens aos tormentos deste e do outro mundo, constituindo assim a mulher como vítima e ao mesmo tempo parceira consciente do Diabo.
Pelo peso de séculos carregando e arrastando este estigma, creio que é possível compreender que ainda permaneça ranço dele em pleno século XXI, mesmo que hoje saibamos à luz da Psicanálise o quanto de inveja masculina mobiliza o gestar e dar à luz outro ser humano, o que, por enquanto, é função exclusivamente feminina. Mas também à luz da Psicanálise, sabemos da inveja feminina mobilizada pelas capacidades masculinas.


Um pajé experiente e sábio, certa vez descreveu seus conflitos internos: dentro de mim existem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil.Os dois estão sempre brigando. Quando então lhe perguntaram qual dos dois cachorros ganharia a briga, o índio parou, refletiu por alguns instantes e respondeu: - Aquele que eu alimentar melhor.

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