sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O AMOR SEGUNDO PLATÃO




Em uma aula de TGE encontrei a filosofia que me deu vontade de mudar de curso se o estudo da filosofia não mudar a pessoa – e quero dizer mudar para melhor --, é porque simplesmente não se realizou, o aluno sente um repuxão na consciência, um apelo a se tornar melhor para ser digno daquilo que sabe.
o amor platónico  é, na acepção vulgar, a ligação amorosa entre duas pessoas onde não há qualquer tipo de interesse envolvido; sobretudo interesse sexual
Não é preciso ser moderno para perceber que a nossa vida comporta amores simultâneos. Podem ser paixões dilacerantes e sombrias, como nos filmes, ou pode ser algo mais suave – um sentimento de atração que, mesmo não consumado, faz da vida um lugar melhor para os envolvidos.
Todos conhecem esse tipo de sentimento.
Segundo  Platão em o Banquete ele atrela  o Amor a uma experiência, a um ato relacional, tirando-lhe o status de deus. Sendo assim, não haveria uma absolutização do Amor e, antes disso, toda a sua plenitude só poderia ser experimentada nas relações cotidianas de quem ama e de quem é amado.
Há gente que nós temos vontade de ver todos os dias, cuja presença nos deixa naturalmente mais alegres. Temos prazer enorme em abraçar gente assim e a conversa com elas é mais íntima, mais fácil, mais interessante. Uma alma destituída de malícia diria que isso é amizade, mas eu tenho certeza que se trata de uma forma de erotismo – sem posse, sem dor, sem pressa, mas é desejo que resiste ao tempo. Essa não é uma forma de definir o amor?
segundo Platão, a união da alma espiritual com o corpo é extrínseca, até violenta. A alma não encontra no corpo o seu complemento, o seu instrumento adequado. Mas a alma está no corpo como num cárcere, o intelecto é impedido pelo sentido da visão das idéias, que devem ser trabalhosamente relembradas...então o que dizer do amor de almas
Esse é o conceito de alma,segundo platão. Interessante,né?
O verdadeiro sábio deve, portanto, de algum modo, isolar a alma do corpo, para ver com os olhos do espírito.A alma se perturba e confunde, quando se serve do corpo para considerar algum objeto; sente vertigens, como se estivesse ébria, porque se liga a coisas que são, por sua natureza, sujeitas a transformações. Em vez disso, quando contempla sua própria essência, ela se volta para o que é puro, eterno, imortal, e sendo da mesma natureza, permanece nessa contemplação tanto quanto possível. Cessam então as suas perturbações, e esse estado da alma é o que chamamos de sabedoria.

...quando a alma e o corpo estão juntos, a natureza manda a um obedecer e ser escravo e a outro que impede e mande. Pois bem, qual desses parece assemelhar-se ao que é divino e qual ao que é mortal? Não acha que somente o que é divino tem capacidade para mandar e que só o que é mortal é apropriado para obedecer e ser escravo?

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