segunda-feira, 29 de junho de 2015

QUAL A SAÍDA ?






O anarquismo representa a libertação da mente humana  do domínio da religião, A libertação do corpo humano do domínio da propriedade, a libertação das algemas da contenção do governo, representa a ordem social baseada na liberdade de grupos de indivíduos.

A política é cruel. Na universidade atual essa junção ocorre em bandos diminutos que se articulam no que restou da “política estudantil”. Formam os grupelhos de esquerda e, às vezes, também de direita – sim, o que restou do grupo que eu comecei se contrapõe ao que restou do imbróglio tardio de “fim do período”. É o  ideal de juventude proposto por Lênin-Stalin junto ao seu equivalente à direita proposto por Margareth Thatcher. Esses adolescentes com hormônios a flor da pele e os mais velhos com suas verdades ilusórias não querem estudar. Querem “passar”. Querem bolsa de estudos (sim, a direita, que critica as bolsas, também as quer!). Querem o silêncio dos professores que teimam em ensinar, ou seja, os que não compactuam com os que são pregadores ideológicos à esquerda e à direita. Mas, antes de tudo, esses  universitários querem uma coisa: a ignorância. À direita e à esquerda, tais meninos e meninas cultivam a frase feita, o jargão e o discurso pronto.
 São garotas e garotos com falta total de vocação para a reflexão, para o pensar, no sentido dado por Hannah Arendt a esse termo, especialmente na introdução de A vida do espírito. Nesse livro, Arendt mostra o nazista como o típico não-pensante, como o não dotado de consciência. Trata-se de um tipo de burro, no qual a falta moral se associa à falta de capacidade de decisão inteligente.

A queda de qualidade do ensino médio brasileiro e o fim dos exames vestibulares contribuíram para que jovens sem nenhum preparo– e mesmo os mais velhos– entrassem para as universidades, até mesmo as tidas como boas. Assim, num ambiente em que a cooperação é a base da investigação, surgem os que nada investigam e que são avessos à cooperação. Elas vivem individualmente falando da necessidade de todos viverem em conjunto. Elas  são pessoas que não conseguem pensar no outro, mas que, nas poucas horas que passam na universidade. São os que fazem um discurso cujo conteúdo elas próprias não seguem e sequer entendem: o da ajuda-mútua. Essa cooperação vem em forma de ideia de  socialista comandada pelo Estado, para as de tendencia de esquerda, ou então aparece na forma de sistemas de mérito aparentemente individualista, que no fundo esconde apenas o desejo de reverenciar a hierarquia emergente no final do processo e que deve repetir aquela já posta no início do processo, por parte das pessoas de direita.

Essas posturas aparentemente tem pouco controle hoje, na universidade, ao menos como movimento organizado. Mas a mentalidade posta por ela conquista outros ou ao menos força a maioria a ficar mais quieta do que já está. Quando menos se espera, surgem contra algum professor e cometem injustiças e barbáries. Os professores sabem que precisam se engajar no contexto e ao mesmo tempo, conversar  individualmente e meio que sorrateiramente,  com essas pessoas  . Principalmente o professor que almeja um bom relacionamento com seus alunos, sabe que sem esses dois tipos de poços de hormônios e de burrice ele não se harmoniza  na faculdade o que me atrapalha muiiito. Pois essas pessoas são o que existe de ativo na escola,

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