quarta-feira, 21 de setembro de 2016

ANIVERSÁRIOS


Nasci no dia 26 setembro, é o mês do meu aniversario como acontece todos os anos, por ironia do destino e o mês que a primavera nos oferta flores e que os pássaros cantam mais felizes, também quem nasce no dia 26 setembro e do signo de libra sabe aquele que tem uma balança? Pois é me cobra equilíbrio o tempo todo e justiça também, mas esse ano em especial me deixou introspectivo, pois irei completar 50 primaveras.
É, não é fácil. Mas, eu ainda acho que é mais fácil chegar aos 50 que aos 30 ou 40. Os 30 assustam – "puxa, não sou mais tão jovem". Os 40 consolidam – "realmente, não sou mais jovem". Os 50 trazem uma aceitação tranquilizadora. Nessa idade a maioria das pessoas já deixou para trás seus desassossegos em encontrar o amor da sua vida, criar filhos e já responderam à angustiante questão: "O que você vai ser quando crescer?" Se você já resolveu suas questões de amor, de família, e de carreira, com que vai se preocupar agora? Bem, talvez com acostumar-se a ver uma pessoa velha no espelho.
A aparência e saúde ainda vão incomodar; suas roupas vão começar misteriosamente a encolher e seu médico vai pegar no seu pé. Você estará a um passo de começar a receber amostras grátis de produtos para idosos e se sentir oficialmente velho. Mas, a nossa geração nasceu para ser selvagem, não nos deixamos abater.
Esses meus 50 anos me fazem lembrar de minha Infância, do meu carrinho de rolimã, dos tombos que levei, das peraltices de moleque. Lembro da casa com janelas e portas grandes, do pé de laranja, da minha irmã brigando no tapa com os moleques porque perdi minhas bolinha de gude no jogo e querias elas de volta, do jogo de petecas e do futebol. Lembro do meu grupo escolar, da professora primária e dos amigos de infância, minha doce infância.Percebi que a vida simples não é utopia e que a felicidade genuína em se conectar com a natureza e as belezas do mundo podem preencher tantos vazios que a correria do dia desfalca. Percebi que não há graça nenhuma em limitar meus dias por causa de coisas que não valem à pena.
Sempre tive medo de envelhecer, mas principalmente medo pelas perdas que eu sofreria durante esse processo. A saúde que um dia começaria a vacilar, o desempenho físico já não tão vigorante, às falhas de raciocínio, as faltas e perdas de entes queridos. Pensando nisso, quem realmente consegue ter prazer na ideia de envelhecer?
Na hora que fazemos 50 (espero) que já tenhamos aprendido muito sobre nós mesmos e sobre o mundo. Sabedoria torna-se parte do que temos para compartilhar com os outros e ao contrário de quando éramos mais jovens, sabemos o que estamos falando.
Aos 50, você provavelmente já desenvolveu crenças e ideias, um código moral ao qual se sinta comprometido o suficiente para defender não importa em que situação se encontre.
Aos 50 anos, a verdade é fácil de detectar, o engano ainda mais fácil. Aos 50 anos eu posso entender as pessoas muito bem e decidir rapidamente como eu me sinto sobre elas. Isso é bom … mas às vezes não é.
Aos 50 anos eu posso ter me tornado mais cínico e ter perdido um pouco o sentimento de admiração que faz ser jovem tão emocionante. Afinal de contas, muita coisa já aconteceu comigo aos 50 anos.
Agora, quando algo me pega de surpresa e me faz parar e pensar, eu fico feliz por estar aprendendo algo novo, experimentar algo que eu nunca tinha experimentado antes.
Aos 50 Talvez você tenha criado uma família. Muitas grandes realizações de sua vida podem já ter ocorrido, embora haja sempre espaço para mais. Aos 50, você ainda tem um monte de coisas a fazer, mas você também tem muito a ensinar aos outros, mesmo quando você continua aprendendo e crescendo. Claro, ainda há surpresas e descobertas, mas agora é você que tem que procurá-las – elas não aparecem mais, como apareciam quando tinha 25.
Como você ficou mais velho, os momentos tornaram-se muito mais importantes. Quando estamos felizes, a calma de um domingo à noite, almoço coma família, um telefonema de seus filhos para dizer que sentem sua falta – estas são as as coisas que você aprecia mais do que tudo, porque elas são o que compõem uma vida.
Aos 50 anos, há muito para olhar para trás – e, no entanto, ainda há muito mais para fazer.







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